Paracas a Nasca
Acordamos nesta praia linda. Praia de Lagunilla, dentro do Parque Nacional de Paracas. Se o anoitecer ontem foi divino...imagine como foi amanhecer neste lugar único!
Às 08:00 já estávamos prontos pra seguir. Saimos bem devagar, como quem não quer ir embora, demos mais umas vasculhadas pelos cantos escondidos das praias e seguimos para fora do Parque, em direção a Pisco, na tentativa de comprar peixes e mariscos. Tudo muito sujo e impraticável a compra de qualquer pescado aqui. Ok, vamos embora!!!
Paramos em Ica para uma festa: ir ao supermercado. Encontramos aqui o Plaza Vea, um big-super, dá um banho no nosso Carrefour e como ir a um supermercado quando se está viajando é fundamental ( eu acho, afinal assim se conhece o dia a dia do lugar ( desculpa esfarrapada!)), foi A Festa!
Chegamos de volta à Nasca, no mesmo hotel e ali lavamos roupa e limpamos a casa, afinal, depois daquela atolada na areia, creio que trouxemos toda ela conosco!
Hoje foi um dia organizacional e de deslocamento.
Terça-feira, 20 de Outubro de 2009
Nasca a Camana
Ontem caí na bobeira de lavar um edredom. Resultado: ele não secou totalmente ( nossa máquina é lavadora e secadora ). E detalhe, como foi numa 2ª etapa de lavagem, terminou o ciclo por volta das 3 da manhã. E eu como galinha vigiando seus pintinhos, passei a noite de olho nela! De madrugada, saí no maior frio para procurar um lugar onde estendê-lo. Ah, foi uma estória! Hoje durante todo o dia ele ficou estendido pela casa afora...
Saimos de Nasca como verdadeiros baianos que somos: bem devarinho e tranquilos. O dia está ensolaradamente lindo! Seguimos em direção ao sul, costeando o Pacífico. Mas não deixamos o deserto - ou será o contrário? - a costa sul do Peru é puro deserto, sem deixar de ter montanhas por todo caminho. Subimos e descemos e fazemos curvas e mais curvas, uma atrás da outra.
O mar do Pacífico é lindo, de um azul escuro que não temos no Brasil ( não diminuindo nosso azul, é claro! ). Mas que tem um charme especial esse azul, ah, isso tem! Desviamos nossa rota em 10 km ( ida e volta à Panamericana ) para conhecer Lomas. Um pequeno povoado à beira da estrada e do mar. Bonito, mas o Homem está estragando o que tem de belo ali.
Mais adiante, uma surpresa: a areia invade a rodovia assim, como quem quer tomar de volta o espaço que é seu. A Panamericana foi construida, num grande trecho, praticamente no nível do mar e chega a uns 150 metros do mar... , dizem que a natureza toma de volta o que lhe roubam... Chega a formar montes de areia de até 2 m de altura, daí tem sempre máquinas do governo trabalhando para manter a rodovia transitável.
188 km ao sul de Nasca, encontramos um oásis - sempre há oásis pelo caminho! - afastado 1800 km da rodovia. É um hotel, com restaurante, clube de praia e tudo o mais que se tem direito ao querer descansar. Valeu à pena a parada e ali fizemos nosso almoço, bem na beirinha da praia. Espetacular!!!
Chegamos em Camama às 18:15 para dormir. Muito frio. Aliás, em toda a costa, faz calor durante o dia e muito frio à noite.
Sem conexão Claro. Achamos muito estranho, mas...
Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009
Camana a Cocachacra
Saimos de Camana às 08:20 depois de termos sidos acordados pelo vigia noturno do posto em que estávamos, para pedir uma "propina" por ele ter cuidado de nós "a noite toda". Mereceu !
Temos encontrado muitos pedágios na rodovia. Não que ela seja 10, mas é uma boa rodovia! E está sempre em manutenção. Tem até vários trabalhadores que passam o dia varrendo a estrada. Vai entender!!!
70 km depois, já próximo à entrada para Arequipa, entramos numa região super bonita, com propriedades de vacas de leite, plantações de girassol, ALHO e CEBOLA ( imagine o mau cheiro e o Jeronymo tendo que rodar vários kms sentindo esse aroma!) e arroz, que aliás, é o que mais tem desde Nasca. Um projeto do governo facilita para que os pequenos produtores trabalhem com um bom nível tecnológico, principalmente no que diz respeito à irrigação. E ainda é a séde da indústria de leite Glória ( como a nossa Molico daí ).
Em La Joya deixamos a Panamericana e pegamos a Costaneira até La Curva. Passamos por umas cidadezinhas bem bonitinhas e com importante porto. Não foi possível seguir pela Costaneira a partir de La Curva pois a estrada era de terra e em péssimas condições. Mas com certeza deixamos de ver lugares fantásticos!
Dormimos em Cocachacra, na estrada que liga a Costaneira à Panamericana, um lugarejo totalmente voltado para o cultivo de batatas e cebola. E não há lugar melhor para dormir do que perto da comissaría ( policia ). E foi ali que estacionamos o Cruzador e dormimos como Anjos.
Bom dia!!!
No meio do deserto, um oásis verde

Este é um vale enorme, onde encima é deserto e quando desce tem esse rio e um grande plantio de Oliveiras
Em menos de 1 km tudo pode mudar
E voltar ao que era antes
E mudar novamente...
Por vários kms vemos essas pedrinhas umas sobre as outras, ainda não sabemos o porquê...por via das dúvidas...
Tudo isso é alho!
E isso cebola!
Volvo 1970. Tem muitos desses aqui.
Olá turma, estou adorando a história, Sophia esta aqui do lado mandando beijos. Aproveitem bastante a viagem....
ResponderExcluir